Expansão do modelo de negócios das ligas americanas pode impulsionar modalidade no Brasil
O mercado esportivo global está prestes a ganhar um novo protagonista: o futebol 7. A modalidade, que já conquistou uma base sólida de praticantes e competições ao redor do mundo, começa a chamar a atenção de investidores internacionais, que enxergam nela um novo espaço para expansão comercial e midiática. Entre os interessados está a Dundon Capital Partners (DCP), empresa americana liderada por Tom Dundon, conhecida por seus investimentos estratégicos no esporte e no entretenimento.
A movimentação da DCP acompanha uma tendência global de profissionalização e espetacularização do futebol 7. Com um ritmo de jogo mais dinâmico, regras adaptadas para maior entretenimento e um apelo digital crescente, a modalidade vem ganhando relevância entre o público jovem e entre marcas que buscam novas oportunidades de engajamento.
A entrada da King’s League no Brasil acelerou ainda mais esse processo. Criada por Gerard Piqué, a liga trouxe um formato inovador, que mistura futebol e entretenimento, aproximando-se do modelo de grandes eventos esportivos como a NBA e a NFL. O sucesso da competição na Europa e sua expansão para a América Latina demonstram que há espaço para transformar o futebol 7 em um grande espetáculo comercial.
É exatamente essa mudança de paradigma que chamou a atenção da Dundon Capital Partners. Com experiência em esportes como hóquei, golfe e pickleball, o grupo vê na modalidade um mercado emergente, onde a profissionalização pode abrir portas para novas receitas, como direitos de transmissão, patrocínios, licenciamento e ativação digital.
“Estamos observando o crescimento do futebol 7 e entendemos que há uma grande oportunidade de investir no desenvolvimento de marcas fortes dentro desse cenário”, teria dito uma fonte ligada ao fundo.
Dentro desse contexto, a Dundon Capital Partners já tem um alvo definido: o Floripa Sharks, um dos clubes de futebol 7 mais promissores do Brasil. O time de Florianópolis se destaca não apenas pelo seu desempenho esportivo, mas também pela sua identidade de marca forte e visão comercial, características que lembram as franquias esportivas de sucesso nos Estados Unidos.
Para a DCP, o Floripa Sharks representa a fusão perfeita entre esporte e entretenimento, um modelo que pode ser expandido e replicado globalmente. Caso a negociação se concretize, este pode ser o primeiro passo para transformar o futebol 7 em um produto de alcance internacional, consolidando a modalidade como um novo eixo de investimento no esporte.
Ao ser questionado sobre o interesse específico no Floripa Sharks, Tom Dundon explicou a lógica por trás da escolha:
“Temos três opções. A primeira são os times de bairro, que são limitados territorialmente e tendem a não crescer muito. A segunda são os times de camisa, que já têm história no futebol de campo profissional, mas carregam consigo uma tradição difícil de modernizar. Já times como o Floripa Sharks têm uma identidade forte, construída para o presente e o futuro. Eles têm liberdade para inovar e podem atingir metas globais.”
Dundon vê no Floripa Sharks um modelo de clube que pode ser expandido para além das fronteiras brasileiras, consolidando a equipe como uma marca esportiva internacional e impulsionando o futebol 7 a um novo patamar.
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