No universo das grandes obras, onde a complexidade técnica e o rigor operacional são regra, três mulheres se destacam não apenas por ocuparem espaços raros, mas por liderarem com excelência, conhecimento e resultados expressivos. Em um setor historicamente masculino como a infraestrutura pesada, elas são exemplos de liderança técnica que mudam o curso do país.
Vera Lucia Cabral: Excelência na energia nacional
Engenheira com carreira consolidada na Petrobras, Vera Lucia Cabral é uma das principais referências técnicas do setor de energia no Brasil. Diretora de Engenharia da estatal, ela acumula décadas de experiência em projetos complexos de exploração e infraestrutura offshore, contribuindo para tornar o Brasil um dos protagonistas globais na produção de petróleo. Vera é reconhecida internamente pela sua precisão técnica, capacidade de gestão em ambientes de risco e pela forma como lidera com assertividade e visão estratégica.

Tânia Cosentino: Liderança global com raiz na engenharia
Engenheira eletricista e atual presidente da Microsoft Brasil, Tânia Cosentino construiu sua trajetória em cargos técnicos e operacionais antes de chegar à alta liderança corporativa. Com passagens marcantes por empresas como a Schneider Electric, ela sempre defendeu o papel das mulheres na engenharia e na indústria. Tânia alia competência técnica a uma agenda clara de diversidade e sustentabilidade, mostrando que é possível ser exata, humana e influente ao mesmo tempo.

Andrezza Medeiros Teles: A engenheira que pavimenta o futuro
Mineira de origem e paraense de coração, Andrezza Medeiros Teles carrega mais de 23 anos de experiência em infraestrutura. Engenheira civil formada em 2001, fundou a HBEPrasa Engenharia e passou por obras de grande vulto, como a ampliação de uma subestação da Chesf na Bahia, onde atuou como única engenheira responsável em um projeto de R$ 52 milhões, com altíssimo grau de risco operacional.

Sua liderança também se consolidou no setor público: foi diretora de obras rodoviárias da agência de infraestrutura de Goiás (Guinfra), superintendente de obras públicas no Tocantins e consultora em diversos estados, com atuação estratégica em sistemas de gerência de pavimentos e formação de equipes técnicas. Sua carreira é marcada pela capacidade de gestão de grandes equipes, cumprimento rigoroso de prazos e segurança operacional.
Em um canteiro com mais de 200 homens, Andrezza comandou uma obra de infraestrutura energética com zero acidentes e entrega exemplar. “A maior vitória é ver que é possível liderar com responsabilidade técnica, escuta ativa e compromisso com a sociedade”, afirma.
Essas três lideranças femininas têm trajetórias distintas, mas um ponto em comum: o domínio técnico como base para o protagonismo. Elas não são exceções; são pioneiras. E o Brasil precisa olhar com mais atenção para essas mulheres que estão, literalmente, construindo o futuro do país.
